Como muitas de vocês começam com as praxes amanhã, no
post de hoje vou falar-vos sobre as tão “terríveis” praxes e contar-vos a minha experiência.
Entrei para a
universidade em 2008 e entrei para uma das universidades com pior fama de praxe
do país: a UTAD. Lembro-me perfeitamente de a minha mãe me dizer para em vez de
levar as lentes de contacto usar sempre óculos para ver se eles eram mais
brandinhos comigo. Escusado será dizer que não fiz sequer caso do que a minha
mãe disse e lá fui eu para o meu primeiro dia de praxe.
Para vos ser
completamente sincera estava muito mais entusiasmada para as praxes nos dias
anteriores ao primeiro dia de aulas do que propriamente no primeiro dia de
aulas. Não conhecia ninguém que tivesse ido para o mesmo curso do que eu, não
sabia onde ficava o edifício onde era suposto eu ter aulas e basicamente não
sabia nada de nada.
Andava eu á procura de alguém do meu curso quando um rapaz
trajado se vira para mim e diz: “Caloira, de que curso é?” e eu, depois de
tremer toda digo assim baixinho “Engenharia do Ambiente” e ele: “Venha comigo!”
(E esta é a linda história de como conheci o meu querido Padrinho!). Ao chegar
á porta da sala onde tinha aulas (não fui logo, logo praxada) vi que o pessoal
do meu curso que já estava lá já se conhecia um bocadinho. Pelo menos alguns já
sabiam o nome de outros. Uma miúda irritante estava lá e decidiu começar com as
apresentações perguntou o nome a toda a gente e de onde éramos e lá fiquei a
conhecer algumas pessoas (E esta é a linda história de como conheci a miúda
irritante que estava prestes a ser a minha melhor amiga!). Depois da aula fomos
praxados e pelo que nos mandavam fazer percebi que a praxe, apesar de ter
aquela parte dos berros e tudo mais, serve sobretudo para integrar os novos
alunos num ambiente novo que é desconhecido a todos eles.
Claro que logo no
inicio começamos a marcar cafés uns com os outros e a sair juntos á noite e a
irmos juntos para casa depois da praxe e, principalmente, a queixarmo-nos uns
aos outros do que nos tinham feito e de como os Engenheiros que nos estavam a
praxar eram uns parvos e não sei que. E isso é bom porque esse é o objectivo da
praxe: fazer amigos a dizer mal dos doidos que nos mandam fazer coisas. Eu sei
que o pessoal que praxa é mau, berra alto e manda-vos fazer coisas mas se
fizerem tudo a rir e a rir dos vossos colegas, se levarem tudo na brincadeira,
vão ver que vão fazer grandes amigos e que vão adorar as praxes.
Digo-vos uma
coisa, eu gostei tanto da minha experiência que já era eu que pedia para fazer
coisas em nome do muy nobre curso de Engenharia do Ambiente!
Claro que nem
toda a gente tem uma boa experiência e nem todos os praxadores são bons
praxadores. Mas se levarem tudo na boa, vão ver que se safam.
PS – Pode até
acontecer-vos como me aconteceu a mim e conhecerem o vosso Namorado nas praxes!
Ana
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